terça-feira, 27 de agosto de 2013

Resenha: Resposta Certa 6#

Título: Resposta Certa
Autor: David Nicholls
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 352 
Minha avaliação: 
Sinopse: O ano é 1985. Brian Jackson, com uma bolsa de estudos e ótimas notas, acaba de entrar para a universidade. E parece que finalmente conseguirá realizar um antigo sonho: aparecer em um popular programa de perguntas e respostas na televisão, no qual poderá demonstrar todo o seu repertório de cultura geral. Após entrar para a equipe da faculdade e passar pela fase classificatória, Brian se prepara para seu primeiro embate televisivo, ao mesmo tempo em que se vê apaixonado por uma de suas colegas de time: a linda, inteligente e assustadoramente elegante Alice Harbinson. Quando Alice se recusa a ceder aos encantos ligeiramente ansiosos de Brian, ele arma um plano infalível para conquistar o coração de sua amada de uma vez por todas. Vai ganhar o jogo. A qualquer custo. Afinal, todos sabem que o que uma mulher realmente procura em um homem é uma vasta gama de conhecimentos gerais...


    Hoje resenharei “Resposta Certa”. Livro escrito por David Nichols, autor este que se tornou aos meus olhos um dos melhores romancistas do ano de 2012. Digo mais, “Um dia” – o meu “livro de bolso”, em minha opinião como mera mortal e na especulação de nada mais e nada menos do que Harrit Evans o considerou – o consideramos – como provavelmente o melhor livro do ano de 2012. Mas não vamos falar de “Resposta Certa”? Vamos! No entanto, antes preciso fazer honra a este grande escritor, já que em alguns parágrafos irei discorrer sobre como foi difícil e decepcionante a leitura de “Resposta Certa”.

    Então, o livro conta a história de Brian Jackson, um jovem que perdeu o pai ainda na infância, um jovem completamente deslocado, um jovem com espinhas, um jovem com um boletim azul, um jovem pobre que consegue entrar em uma boa faculdade, para um curso de literatura inglesa – que ele se refere na maioria das vezes como “lit. ingl”. Até aqui, nada de original. Jovens deslocados existem aos montes, talvez até você que esteja lendo seja assim.

    Depois de entrar na faculdade, Brian se escreve no teste para a entrada em um concurso de televisão que busca identificar grandes talentos em conhecimento geral. Brian consegue entrar como participante deste concurso, através de um teste. Teste este o qual Brian passa todas, ou quase todas as respostas a Alice Harbison – jovem a qual Brian havia se apaixonado alguns páginas atrás e que claramente não depositava a mínima confiança para ele. Nada, necas, nenhuma. No meio de tudo isto, também conhece Rebecca Epstein, uma estudante de direito, simpatizante do lado esquerdista, que passou a salvar algumas páginas do livro no decorrer do enredo. Bom, o livro é basicamente isto. O universo do personagem principal vaga entre o desafio universitário e Alice Harbison, misturando-se com alguns toques de Rebecca.

    Eu poderia resumir o livro com um trecho utilizado por Dexter em “Um Dia”: “É como se todos estivessem tomando a mesma xícara de chá há umas duzentas páginas, e eu continuo esperando alguém puxar uma faca ou acontecer alguma invasão alienígena ou algo assim, mas isso não vai acontecer, vai?”. Não, Dexter, Não.


   O livro não é de todo modo ruim, é mal colocado. David Nicholls é David Nicholls. Talvez ele tenha errado na dosagem dos personagens, na forma cômica de descrever, nas poucas falas que deu a Spencer – melhor amigo de Brian, na desatenção (desatenção, digo, já que ela andou desaparecida em alguns momentos) perante Rebecca, em caracterizar de forma exacerbada Alice e em como Brian se tornou detestável. Ou talvez eu tenha errado. Errado em criar expectativas altas demais.

    Mas em quais pontos ele acertou? Gostei do esqueleto. Gostei da proposta do livro. Gostei em pensar como Brian, retirando e adicionando certas doses poderia se tornar. Gostei das músicas de página em página. Gostei especialmente das páginas 17, 70 e 110. Gostei de algumas frases que realmente me tocaram. Gostei do humor ácido de Rebecca. Gostei dos comentários inteligentes que Brian vez ou outra soltava. Gostei das perguntas de conhecimento geral no inicio de cada novo capítulo. Gostei de Martha Medeiros tê-lo elogiado. É prova de que o livro não é tão perdido assim. Talvez não fosse o meu momento, talvez o problema fosse eu.

    Fiquei sabendo e fiquei feliz por saber que “Resposta Certa” foi escrito anteriormente a “Um Dia”. Talvez tenha sido o tempo suficiente de amadurecimento do autor. Olha o tempo fazendo bem para a literatura. Viva ao tempo então. Querem conhecer o livro? Então, corram às livrarias.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mil desculpas. Mil beijos também.

 

     Leitores, desculpem-me o sumiço. Não tomei aquele chá nem nada. Fiquei sem internet. E depois veio o TCC 1 - estou passando por ele agora. Um furacão que me assanha os cabelos, as minhas noites sem-sono e a minha vida social. Nesse meio tempo andei lendo algumas coisas e preparando outras para o blog. Prometo que será a última vez que ficarão por tanto tempo sem notícias. Se acontecer algo que me impeça de publicar aqui novamente, eu tratarei de trancar no armário e jogar a chave num poço. Ou no mar. Mil desculpas. Mil beijos. Mil desculpas outra vez. 

Clara.

sábado, 29 de junho de 2013

Resenha: Anna e o Beijo Francês 5#

Título: Anna e o Beijo Francês
Autor: Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011
Páginas: 288
Minha avaliação: 
Sinopse: Anna Oliphant tem grandes planos para seu último ano em Atlanta: sair com sua melhor amiga, Bridgette, e flertar com seus colegas no Midtown Royal 14 multiplex. Então ela não fica muito feliz quando o pai a envia para um internato em Paris. No entanto, as coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um lindo garoto -que tem namorada.Ele e Anna a se tornam amigos mais próximos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Anna vai conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?

    Anna e o Beijo Francês. St. Clair. Panteão. Créperie. França. São algumas palavras que deixam o livro mais doce. Se é que é possível deixá-lo mais doce ainda. Por inúmeras vezes eu deixei de lê-lo. Ele por incrível que pareça, ocupava um dos últimos lugares da minha lista de desejados. Mas o destino me contrariou e bom, hoje estou escrevendo sobre ele. Terminei de lê-lo há umas três horas. E eu fiquei meu solitária por essas horas pensando no que escrever. É um livro que realmente me deixou sem palavras. É um livro que mereceu uma crítica positiva. Então, infinitas estrelas para ele. Mesmo ele não precisando das minhas estrelas para brilhar. E bom, para quem já leu e para quem não leu, eu casaria com St. Clair. Agora, agorinha.


     O livro conta a estória de Anna e a sua negação em mudar. Ela odiava a ideia do pai em enviá-la para França. França! O que ela iria fazer na França? Usar boinas e comer crepes? Em partes sim. Não era de sua vontade sair da sua casa e da sua escola em pleno último ano escolar para entrar em um colégio interno com-pessoas-nada-a-ver. Julgava não precisar de outras pessoas. Tinha a sua mãe, o seu irmão Seany. Tinha certo contato com o pai, que separou-se da mãe e tornou-se o célebre escritor. Um escritor (o qual) ela abominava. Tinha a sua melhor amiga na cidade em que morava desde sempre, Bridge. Um carinha de tirar o fôlego que não deixava de parecer atraente mesmo que estivesse com os dentes azuis depois de beber diretamente da torneira Blue Raspberry. Um ex-namorado meio que mal resolvido chamado Mat. Ela tinha o que precisa. Ou o que julgava precisar. 

     O fato é que o seu pai resolve mandá-la para um internato Francês. E eu juro, mesmo com a palavra internato, isso soou bem aos meus ouvidos. É França! E a Torre Eiffel, e todos os bolinhos, macarons, crepes, sorvetes que você conseguir comer. É a França! É a região mais romântica do planeta. 

  O colégio interno para americanos recebeu a sigla de SOAP. Anna sente-se desconfortável, desasustada, um círculo em meio aos quadrados. Ela chora assim que os pais a deixam naquele quarto minúsculo. Um quarto que (na minha imaginação) você pode tocar ambas as paredes se abrir os braços. Tá. Pode ser que seja maior. Ela tenta abafar o choro, já que suas paredes são mais finas que cascas de ovo. E de repente uma garota alta, cheia de anéis e simpaticíssima bate na sua porta perguntando se tudo está bem. Mas nada está bem. E ela convida Anna para ir até o seu quarto. A garota chama-se Mer. No quarto de Mer, nada é neutro, tudo exala um ponto de vista. Ela é fã dos Beatles aliás. E refere-se sobre alguns amigos chamados: Josh, Rashimi e St. Clair. Ah! St. Clair (eu suspiro nessa parte).



        É mais ou menos aí, na saída do quarto que Anna meio que esbarra com St. Clair. O cara mais lindo (e mais fofo) do mundo da literatura. E eu não sei se existe essa probabilidade estatística do amor à primeira vista, mas meio que acontece isso com eles. É aqui onde tudo começa. Corram às livrarias.




segunda-feira, 24 de junho de 2013

Tag 1#: Meu Marido Literário.


Um oi para vocês! Depois da maratona de provas. UFA! Finalmente estou de férias. Faz um tempinho que recebi de presente a indicação da "tag: meu marido literário" da fofa da Patty de Coração de Tinta. Hoje irei respondê-la. 

Quais são as regras? 
1. Responder as perguntas.
2. Indicar outras 5 blogueiras. Ou mais. 
3. Citar quem te indicou. 

Perguntas:

1. Que características faz com que um personagem entre em sua lista de "maridos"?
R.: 
O humor e existencialismo de Augustus Waters em "A Culpa é das Estrelas"; A serenidade de Maxon em "A Seleção" (se a America não ficar com ele... eu fico); O charme de Dex em "Um Dia"; A determinação de Hassan em "O Teorema Katherine"; Aquele quê de eu-mal-te-conheço-mas-sei-que-você-é-pra-mim de Oliver em "A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista".

2. O que menos te atrai em um personagem?

Fanatismo, egoísmo. Ismo sempre faz mal - na pior das hipóteses. 

3. Quem é seu atual marido? 

Desde 2011. Desde que li o primeiro capítulo de "Um Dia". Desde que escutei "Eu preciso falar com alguém. Não com qualquer pessoa: com você". Desde que escutei "Good Life". É ele: Dexter. Dexter Mayhew. 

P.S.: É muita perfeição para uma pessoa só. 


Blogs indicados:
www.mundoentrelivros.blogspot.com
www.comodevorarlivros.blogspot.com
www.anatally.blogspot.com.br
www.aluzdamadrugada.blogspot.com.br
www.ssrecantodosebooks.blogspot.com.br


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Resenha: Um Dia 4#

Título: Um Dia
Autor: David Nicholls
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
Número de páginas: 410
Minha avaliação: 
Sinopse: "Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas – vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida. Um dia é um fenômeno editorial no Reino Unido, sucesso absoluto de crítica e público, e teve o roteiro adaptado para o cinema pelo próprio autor, David Nicholls. O filme, dirigido pela cineasta dinamarquesa Lone Scherfig, que também dirigiu Educação, traz a atriz Anne Hathaway no papel de Emma Morley." Fonte: Editora Intrínseca.


     O livro conta a estória de Dex e Em de Em e Dex. Dois estudantes universitários que se notam na comemoração da diplomacia da formatura de ambos. E desde então, vivem um amor desleixado. Um amor que tem medo de aparecer.

     Veio parar em minhas mãos como presente da livraria Cultura, em ocasião de um texto feito e selecionado em um concurso. Como dito anteriormente o livro é protagonizado por Dexter e Emma, interpretados de forma exuberante por Jim Sturgess e Anne Hathaway. Deixo em destaque aqui a minha indicação. Corram às livrarias o mais rápido possível e as locadoras também. O que me levou a falar deste livro? O seu fascínio e a pergunta que o mesmo me impôs. Por que perdemos tanto tempo nos anunciando? Medo? Talvez. Meu chute: não saber.


     Não saber se é isso mesmo o que queremos, ou se não é isso o que o outro quer. Não saber se devemos arriscar com ousadia. Não saber o que o outro quis dizer com um “tanto faz”. Não saber o que se passa de verdade. Não saber se estamos depositando expectativas demais, onde na verdade deveria está sendo depositado expectativas de menos – na melhor das hipóteses. Não saber se irão se encontrar, não saber se irão se perder. Ou já ter uma certeza angustiante de tudo isso. Talvez eu esteja certa, talvez não. É o que eu penso como mera mortal, caríssimos. No filme, um retrato bem feito do que se passa na realidade, os personagens encontravam-se à medida que se perdiam. Sabe-se que em um determinado momento entre o meio e o fim, souberam-se afetados por uma paixão incubada. Ela carente, precisando que ele demonstrasse sentir algo. Ele inquebrável, precisando que ela o descobrisse. Certo tempo decorre até que sigam juntos, mas enfim, seguiram. Antes tarde do que nunca. Uma pena a maioria não se entregar a uma coisa tão bonita. A esse presente nada recusável que nos foi posto a porta. Uma pena nem sempre terminar com declarações finais e derretimento de gelo. Abramos as garrafas. Esvaziemos esse amor enquanto se pode, já que a nossa vida não é formada por 410 páginas ou cento e quarenta minutos de cena e sim por um oceano de anos e um lago de oportunidades.


Tenho um carinho enorme pelo livro. Tenho quase certeza de que ele foi escrito para mim.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Resenha: A Idade dos Milagres 3#

Título: A Idade dos Milagres
Autor: Karen Thompson Walker
Editora: Paralela
Ano: 2012
Número de páginas: 206
Minha avaliação: 
Sinopse: Em um sábado aparentemente comum, na Califórnia, Julia e sua família acordam e descobrem, com o resto do mundo, que a velocidade de rotação da Terra está diminuindo. Os dias e as noites vão ficando mais longos, fazendo que a gravidade seja afetada e o meio ambiente entre em colapso. Pássaros desorientados caem mortos do céu, centenas de baleias encalham na praia, as marés saem de controle. Enquanto alguns entram em pânico, outros procuram viver como se nada estivesse acontecendo, agarrando-se a qualquer custo à sua rotina e ignorando a evidência de que o fim do mundo se aproxima. Ao mesmo tempo que luta para se adaptar à nova “normalidade”, Julia tem que lidar com os problemas típicos da adolescência e os desastres do cotidiano: a crise no casamento de seus pais, a perda de antigos amigos, as amarguras do primeiro amor e o estranho comportamento de seu avô, que acredita que tudo se trata de uma conspiração do governo e passa os dias catalogando suas posses obsessivamente. Fonte: Companhia das Letras


E se o fim do mundo fosse hoje?


(a) Imagine que o dia tem 72 horas e (b) o mundo está chegando ao fim, pois (c) um fenômeno desconhecido chamado “desaceleração” está causando o aumento da duração dos dias. (d) Imagine ainda que isso te fez perder a sua melhor amiga (e) descobrir que o seu pai não é quem você pensa, enquanto (f) sua mãe está doente, e (g) o seu primeiro amor não está nem-aí-para-você. 


Sim. Isso é “A Idade dos Milagres”. 

    Narrado em primeira pessoa – por Julia já adulta, relembrando-se de quando ainda era uma garotinha de 11 anos “A Idade dos Milagres”, é realmente um livro mágico. O dia é: 06 de Outubro. Julia poderia estar tomando um sorvete com a sua melhor amiga, ou mergulhando na praia. Julia poderia estar construindo cata-ventos de papel ou resolvendo a lição de casa. Mas no dia 06 de outubro Julia olhava para o céu. 

     Você aí que agora lê, talvez algum dia imaginou o final dos tempos: bolas de fogo, a terra fugindo do eixo da gravidade, chuvas torrenciais, uma nova arca de noé, um novo noé. Ou o velho, se você preferir. E é exatamente isso o que “A Idade dos Milagres” nos trás: o final dos tempos. Mas o que realmente acontece, Clara? A inesperada e desconhecida desaceleração do planeta Terra. 

      O livro se passa na cidade da Califórnia. Fala sobre Julia, seus pais, seus amigos, a-paixão-adolescente-te-quero-agora, de Sylvia, e do fim. E quando eu digo fim, não apenas o final do mundo. Mas o final da esperança no coração das pessoas. O que, bom, é basicamente a mesma coisa. 



    A notícia da desaceleração é divulgada através da tevê. A desaceleração causava o aumento das horas do dia, ou seja, babaus 24 horas e olá, 72 horas. O dia foi trocado pela noite. Pessoas passam a dormir em plena luz do sol e a trabalhar sobre o banho da noite. Algumas pessoas recusam-se em seguir o horário dos relógios, outras em seguir o brilho do sol. E tudo se transforma num caos. É como se o mundo estivesse acabando em doses homeopáticas. De pouquinho em pouquinho. Para aliviar o coração da dor. 

     Logo quando tudo começou, pessoas contrárias ao uso de relógios passaram a mudar-se para locais onde comunidades baseavam-se pela luz solar para diferenciar dia e noite. Uma delas foi Hannah, a melhor amiga de Julia. 

     O que resta para Julia? Seth Moreno. O garoto que despertou Julia para o amor durante as trocas de horários nas aulas-de-piano-obrigadas. O garoto que Julia está apaixonada. E é basicamente ele. É Seth Moreno que salva os dias de Julia. Mesmos que sejam os últimos, ou quem sabe, apenas os primeiros. 

       É um livro que recomendo. Então você já pode ir até a livraria mais próxima. A única questão que me deixou intrigada e pensativa, foi a idade de Julia e a forma como ela amou intensamente. Achei que 11 anos não seria a idade apropriada para a garota. Já que bom, ela parecia ter bem mais. Enfim, foi a minha primeira experiência com a autora e posso afirmar que adorei a forma como ela escreve. Me sinto permitida em afirmar, já que devorei o livro numa tarde. 




sexta-feira, 7 de junho de 2013

Resenha: A Caminho do Verão 2#

Título: A Caminho do Verão
Autor: Sarah Dessen 
Editora: ID
Ano: 2011
Número de páginas: 416
Minha avaliação: 
Sinopse: Auden resolve passar as férias de verão em Colby, uma minúscula cidade do litoral, com o pai, sua nova esposa e Thisbe, a filha do casal e sua mais nova irmãzinha. Lá, ela revê seus conceitos em relação à madrasta, encara um emprego de férias em uma boutique totalmente demais e conhece Eli, um garoto misterioso com o qual embarca em uma busca: experimentar uma adolescência sem preocupações que lhe foi negada enquanto ele procura se recuperar de um acontecimento trágico. Junte dois solitários, uma bicicleta, um estoque infindável de madrugadas com insônia, tortas e café e… tudo pode acontecer. Fonte: Editora ID

      Conheci Sarah Dessen lendo elogios sobre um de seus livros - Just Listen. Era o meu plano lê-lo, até que... bom, não consegui encontrá-lo em nenhuma livraria. Sebos são inexistentes na minha cidade. E não sou de ler algo em pdf o que eu desejo comprar e colecionar. E inicialmente eu gostaria de guardar Just Listen comigo. Aliás, ainda quero. 

      Verificando outras páginas em sites de compras, vi que Sarah teria um outro livro. "A Caminho do Verão" fora indicado na minha busca por "produto disponível", e bom, eu não costumo contrariar o destino... o comprei. Gostei da capa. O designer me conquistou inicialmente. Daí veio a escrita da Sarah e levou o meu coração junto ela. Adorei o livro. De verdade.

     O livro conta a estória de Auden. Uma adolescente inteligente, metódica , discretamente nada sociável e com um medo incontrolável de não ser suficientemente boa, com um medo incontrolável de errar. Bingo! Achei ela parecida comigo em determinadas partes. Em muitas partes até. Mas posso adiantar que embora eu tenha sentido uma ligação existencial com Auden, ela não se tornou a minha personagem favorita da história. 

    Os pais de Auden são separados. Ela mora com a mãe - uma fantástica professora universitária e discretamente nada sociável também. O pai de Auden mora em Colby, tem uma nova esposa, com a qual acabara de ter uma filha, que recebeu o nome de Thisbe. E é lá, em Colby, que Auden decide passar as suas férias de verão. E é lá que tudo começa. Ela também tem um irmão. Um irmão nada presente. Mas o amor de ambos é imenso.

   Por ter os pais separados, uma mãe ocupada, um irmão ausente, um pai inacreditavelmente "cego", tomou desde cedo responsabilidades cabíveis à um adulto. E foi a partir disto que se privou de viver a maioria das experiências de toda adolescência. E foi mais ou menos por isso que se privou de amar.  Ao chegar em Colby, Auden sente-se deslocada. O estilo de vida da nova esposa do pai é totalmente diferente do que sua mãe escolhera para viver. O pai vive basicamente para escrever um livro que nunca está suficientemente bom. Então Auden passa a se refugiar na maior parte do tempo em seus livros - como futura universitária - e em cuidados à Thisbe - sua irmã recém-nascida.


       Por faltar muito tempo para acabar o verão e por vontade de encontrar um estágio, Auden passa a trabalhar na contabilidade da loja da sua madrasta. Na loja, Auden faz boas amigas - talvez as melhores amigas de toda a sua vida. E é vivendo nesse novo mundo - um mundo inicialmente repugnante aos seus olhos - que encontra Eli.

      Eli é o meu personagem favorito. É a minha pessoa favorita do livro. Consegue ser sarcástico sem ser chato. Inabalável sem ser presunçoso. Inteligente sem ser entendiante. E bom, acho que é a pessoa preferida de Auden também. Eles embarcam em uma amizade muito bonita. Eli tem problemas, Auden também. Eles sofrem de insônia. E é basicamente este ponto que os fazem descobrir todos os pontos que eles tem em comum. E todos os pontos que ainda podem ter. 

        É um livro excelente. Tenho várias frases marcadas. E acho que deveria ter rabiscado mais, talvez em uma releitura.

Resenha: A Culpa é das Estrelas 1#

                                                      
Título: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Número de páginas: 286
Minha avaliação: ★★★★★
Sinopse: Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante, o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A Culpa É das Estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar. Fonte: Intrínseca




         O livro conta a história do amor entre Hazel Grace Lancaster e Augustus Waters, ambos com diagnóstico de câncer. Não excluindo os outros personagens que sofrem com o câncer direto ou indiretamente, como Isaac, Patrick, Peter Van Houten e os pais de Hazel e Gus (Acostume-se, a Hazel passa a chamar Augustus assim. Gus.). Augustus tem uma amizade linda com Isaac. Isaac tem uma namorada não tão confiável assim. Hazel tem pais adoráveis e Kaitlyn uma amiga fora do eixos, mas que de qualquer maneira gosta dela. Se posso dar meu palpite, o autor utilizou Kaitlyn como um choque de realidade. Uma comparação entre o que Hazel era antes do câncer.

       Hazel e Augustus se conhecem em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Gus no livro é o melhor amigo de Isaac e Isaac pelo que pude perceber o melhor amigo no Grupo de Apoio de Hazel. Ambos (Isaac e Hazel) passam as reuniões suspirando um para o outro, a medida que cada comentário é discutido, como se falassem "Me tirem daqui". 

       Depois do primeiro encontro, Hazel e Gus se tornam grandes amigos. Primeiro porque eles tinham um amigo em comum, segundo porque Gus não tirou os olhos de Hazel desde o primeiro encontro. Terceiro porque o que é para acontecer, acontecerá. E quarto porque a culpa é sim das estrelas. E foi mais o menos isso o que o destino fez com eles. 

        O fato é que eu não posso fazer vocês sentirem o que eu senti ao ler este livro. O fato é que eu chorei e ri e reli e quis mais. O fato é que é um livro tão bem colocado que te deixa sem ar. Que faz com que cada palavra seja pensada, degustada, engolida. É um livro maior do que qualquer palavra que eu use para descrevê-lo. É um livro que lapída o sentimento com delicadeza infinda. Se posso corrigir agora, não é um livro, é o livro. E se o amor tiver realmente algum significado e se ninguém conseguiu responder a questão do "O que é o amor?". E se você não conseguiu responder a questão "O que é o amor?", saiba que este é o livro. Mas se você tiver certeza e posição do que seja o amor, este continua sendo o livro. 

       E sabem o que é o melhor da história? O autor trabalha o livro, como se o Câncer não fosse a única coisa que os personagens tem. Porque não é mesmo. Corram às livrarias.